
Sócrates não vai olhar a meios para seduzir o eleitorado. Em tempos, previ mesmo que, se necessário fosse, o IVA seria revisto em baixa como forma de adoçar a boca a toda a gente em tempos de crise e como caminho para estimular o consumo (e, por conseguinte, as empresas e a criação de emprego, embora isto seja assim tão linear). Recuem uns posts e verão o texto onde falo sobre isso.
Ora, num take da Lusa, encontrei esta curiosa novidade: “O Governo admite alterar vários impostos aplicáveis à hotelaria e restauração, nomeadamente o IVA e os montantes dos Pagamentos Especiais por Conta (PEC), no quadro de um Plano de Desenvolvimento e de Competitividade para todo o sector. A posição do Executivo, (…) expressa em comunicado do Ministério das Finanças, surge dias depois do Governo ter negado a intenção de baixar a taxa de IVA em vigor para os restaurantes”.
Neste momento, a escalada do défice das finanças públicas não permite grande margem para baixar a taxa máxima do IVA (que está, actualmente, em 20 por cento), mas pode arranjar-se forma de fazer com que a taxa para a restauração, que é de 12 por cento, desça qualquer coisinha. Como o bom português é amigo de ir ao restaurante e ao café, decerto que muitos iriam sentir na carteira este bónus (isto se os comerciantes não optarem por manter os preços e aumentar as margens de lucro, tal como fizeram alguns ginásios quando a taxa caiu de 21 para cinco por cento).
Para quanto irá baixar a taxa? Segundo o presidente da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), Mário Pereira Gonçalves, depois da União Europeia ter declarado a restauração como actividade de mão-de-obra intensiva, ficaram reunidas as condições para baixar o IVA até… cinco por cento.
Pois é, meus amigos, as minhas previsões confirmam-se. E a procissão ainda vai só no adro da igreja…
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