
As quotas para mulheres e as respectivas posições destas nas listas eleitorais são um bom exemplo dessa igualdade artificial. A mulher A fica à frente do Homem B na lista do partido C porque há uma lei que diz que é assim e ponto final. Não interessa se o Homem B é mais ou menos competente do que a Mulher A, o que vale é meter mulheres nos lugares que lhe estão destinados.
Pior ainda é a ideia do actual presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, que, nas listas do PS nas próximas Autárquicas, decidiu meter mais mulheres do que homens (cinco a quatro, para sermos mais exactos). Se o fez, deveria ter ficado calado - escolhia os nove nomes que achasse mais competentes para liderar a capital do Algarve (cidade que me é muito querida), independentemente de estes serem homens ou mulheres. Se se vangloria de ter mais mulheres nas listas, está a subvalorizá-las, uma vez que uma lista maioritariamente masculina não mereceria qualquer comentário.
Que fique bem claro: Sou totalmente a favor da presença de mulheres na política. Mas que estas estejam nas listas partidárias por serem as PESSOAS mais competentes e não devido ao sexo. Isso é uma forma de machismo ao contrário.
E para finalizar este texto, tiro o chapéu a mulheres como Manuela Ferreira Leite, que ocupam lugares de destaque sem truques artificiais. Sim, porque a Dama de Espadas do PSD lidera o partido que lidera porque os seus companheiros «laranja» acharam que ela era a melhor PESSOA (sem sexo ou género) para o fazer. E pode ser que, a partir de Setembro, ela seja também a segunda mulher a chefiar um Governo em Portugal, depois de Maria de Lurdes Pintassilgo, embora, seja a primeira a ocupar tal cargo na sequência de um acto eleitoral. Novamente, se vencer, será porque os portugueses acham que ela é a melhor PESSOA para liderar os destinos do país, independentemente se, no meio das pernas da pessoa em questão, está um pénis ou uma vagina.
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