sábado, 8 de agosto de 2009

CARTAS SEM NAIPE (3): Os humoristas não deviam morrer

Se há coisa que me custa realmente é ouvir anunciar a morte de um humorista.

É como se, de súbito, milhões de sorrisos se calassem.

O riso, esse dom tão humano e tão genial, representa um vislumbre do que pode ser a felicidade, ainda que de forma efémera.

Os humoristas dão-nos essa felicidade, esse prazer pelo qual vale a pena viver, apesar de tudo.

Não está certo.

Os humoristas jamais deviam morrer, posto que associar uma pessoa que nos faz rir ao verter de lágrimas de tristeza é algo que não pode, de forma alguma, fazer sentido.

Não, num Mundo justo, os humoristas viveriam para sempre.

Seriam eternos.

Bem, alguns são eternos.

Raul Solnado é um deles.

Ouvi dizer que ele partiu, mas sei que, no fundo, ele estará cá para sempre.

E está.

A fazer-nos rir.

Obrigado por tudo, Raul.

2 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Dr.Mento


Sim, obrigada por tudo Raul.Tiveste a coragem de, antes do 25 de Abril, dizeres que a guerra o te fazia feliz porque podias matar, matar, matar e não se ias preso.
Grandes mensagens foste passando. Mensagens que ficam. Mas nada é eterno a não ser as lembranças.

Abraço

Francisco Castelo Branco disse...

Os humoristas mesmo depois de morrer continuam a fazer-nos rir.

Porque ficam na memoria, na tv , na internet

vai ficar...