Há alguns dias, a Marta, do blogue Primeiro estranha-se… depois entranha-se (o link está na lista ao lado), dizia num comentário nesta mesa de jogo: “Vou tentado ultrapassar o tamanho do vazio que a falta de da escrita me faz! Talvez o silêncio da escrita resulte do grito do Ipiranga que o cérebro deu, na tentativa de se regenerar! Tenho para mim que isto sucede a quem pensa em tudo e todos ao mesmo tempo e se esquece de olhar para dentro de vez em quando...”
E finalizava pedindo-me que partilhasse o antídoto para a crise de inspiração que atravessava, um sentimento que, na época, eu também partilhava.
Pois bem, aqui vão dois medicamentos para as crises de inspiração.
Um dos grandes entraves ao normal funcionamento da minha mente era o facto de ter inúmeros assuntos pendentes para resolver. Quando resolvi esses assuntos, senti-me mais leve, mais solto, mais… livre. Basicamente, quebrei as amarras do stress e da preocupação.
A segunda receita é composta por um medicamento de auto-ajuda que comecei a tomar em Maio de 2008. Sempre que se fala em auto-ajuda, muitos pensam em livros como «O Segredo». Na verdade, os meus livros de auto-ajuda são dois manuais de yoga, que, ultimamente, passaram a ser complementados com aulas.
Hoje em dia, existem ainda inúmeros preconceitos e ideias erradas em relação ao yoga (há quem confunda esta prática, por exemplo, com a meditação, que é apenas uma disciplina do yoga). Na verdade, o yoga foi das melhores descobertas que fiz na vida e, actualmente, vou para as aulas com um sorriso nos lábios (e volto com uma sensação de paz e vitalidade). O yoga é um pouco como o Red Bull, já que revitaliza corpo e mente, mas a sua prática leva-nos muito além disso. Para quem tem uma vida marcada pelo stress e pelo sedentarismo, diria mesmo que o yoga é essencial. Mas esse é um caminho que cada um terá que descobrir por si próprio.
Não vos quero explicar exaustivamente o que é e o que pode fazer o yoga por vós. Se quiserem perceber até que ponto o yoga pode ser uma forma de auto-ajuda, deixo-vos uma frase: “A mente comanda o corpo e nós comandamos a mente”. Ouço esta frase sempre que estou perante um asana (postura ou exercício) que, à partida, julgo que o meu corpo não conseguirá realizar.
Os livros de auto-ajuda são, muitas vezes, formas de anestesiar a mente. Ensinam-nos que o querer é tudo e nós deixamo-nos ficar sentados no sofá a querer alguma coisa, mas sem mexer uma palha. Para muitas pessoas, acabam por ser livros de auto-ilusão.
O yoga ensina-nos o querer, mas obriga-nos a fazer e ainda nos mostra inúmeros outros caminhos. Se estamos em stress, ensina-nos a esvaziar a mente. Se somos sedentários, obriga-nos à prática de exercício físico (superficialmente, os asanas também são exercícios, embora sejam muito mais do que isso). Se estamos ansiosos, ensina-nos a controlar a respiração e a irrigar melhor todo o corpo. Se estamos hiperactivos, ensina-nos a relaxar.
Deixo-vos, pois, este conselho. E garanto-vos: faz muito bem à saúde e até pode ser uma alternativa para aqueles que se sentem incompletos no ginásio.
Notícias Ao Fim Da Tarde
Há 3 horas
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