Há algum tempo, disse que a candidatura de Ana Gomes à Câmara de Sintra representava um PS a assumir: “Não vale a pena, esta não ganhamos”. Ana Gomes, que perdeu as eleições para a concelhia local, foi escolhida pela concelhia (dominada pelos seus antigos adversários) para enfrentar Fernando Seara - ou seja, escolhe-se uma derrotada (sem sentidos pejorativos para a senhora) para assumir nova derrota. Pelo meio, Ana Gomes foi eleita para o Parlamento Europeu e é por lá que deve ficar nos próximos cinco anos.
Na altura, não quis falar do Porto, porque não conheço tão bem os meandros da política local da Invicta, mas adivinhei logo que fosse uma situação parecida. Elisa Ferreira foi eleita eurodeputada e aceitou concorrer à Câmara do Porto porque o PS não queria queimar nomes fortes num concelho que, à partida, deve estar perdido. Aliás, há uma sondagem da Universidade Católica para o JN/DN/RTP e Antena 1 que frisa que Rui Rio tem 58 por cento das intenções de voto, contra 25 por cento de Elisa Ferreira.
Eu sei, as sondagens valem o que valem e começam a ser tão fiáveis como um qualquer professor Zandinga cá do bairro. Seja como for, uma sondagem, desde que não seja feita com o olho do cú (já vi algumas assim, mas não da Universidade Católica), indica sempre uma tendência. E, neste caso, a tendência é muito, muito clara. Mas nem precisava das sondagens para perceber isso - o próprio PS, ao lançar Elisa Ferreira, já tinha dito ao país e ao Mundo que a Câmara do Porto estava mais do que perdida, salvo alguma surpresa extraordinária de última hora.
Mensagem Das Brunas
Há 8 horas
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